Psicose, dirigido por Alfred Hitchcock e lançado em 1960, é um dos filmes mais influentes da história do cinema. Com Anthony Perkins como o perturbado Norman Bates e Janet Leigh como Marion Crane, a obra redefiniu o suspense e o terror psicológico, explorando os segredos e obsessões da mente humana. Mesmo filmado em preto e branco e com baixo orçamento, conquistou quatro indicações ao Oscar e revolucionou a linguagem cinematográfica.
A história acompanha Marion Crane, que rouba US$ 40 mil e foge em busca de uma nova vida. Durante a fuga, ela se hospeda no isolado Bates Motel, administrado por Norman e dominado pela figura opressora de sua “mãe”. Após um jantar desconfortável, Marion é brutalmente assassinada no chuveiro — cena icônica que simboliza o ponto de virada do filme. Norman limpa o crime e oculta o corpo, dando início a uma investigação conduzida por Lila Crane, irmã da vítima, e o namorado Sam Loomis. A busca revela um segredo terrível: Norma Bates está morta há anos, e Norman, sofrendo de dupla personalidade, alterna entre si mesmo e a “mãe” para cometer assassinatos.
A crítica reconhece em Psicose uma revolução estética e narrativa. Hitchcock usou filmagem em preto e branco para acentuar o clima sombrio, inovou com ângulos e montagens que sugerem o horror em vez de mostrá-lo, e transformou o espectador em cúmplice do voyeurismo do protagonista. A trilha sonora de Bernard Herrmann, especialmente na cena do chuveiro, tornou-se um marco do cinema.
Inspirado no livro Psycho, de Robert Bloch, que por sua vez se baseou livremente nos crimes de Ed Gein, o filme não retrata fatos reais, mas transforma o terror psicológico em arte. Com o tempo, surgiram diversas lendas sobre sua produção — desde censura burlada até supostas maldições —, o que só aumentou seu fascínio cultural.
Mais de seis décadas depois, Psicose continua sendo uma referência do gênero, mostrando que o verdadeiro horror não está no sangue, mas na mente humana e nos segredos que ela esconde.
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