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54% dos funcionários de museus consideraram deixar seus cargos nos últimos 5 anos

Segundo a Museums Moving Forward, organização sem fins lucrativos focada em melhorar os ambientes de trabalho dentro de instituições culturais, 54% dos funcionários de museus consideraram deixar seus cargos nos últimos cinco anos, e mais de um quarto dos empregados recebem salários abaixo do nível considerado adequado.

Foram entrevistados 3.000 profissionais, ocupando diversos cargos em mais de 90 organizações de arte. Esta é a segunda edição de uma pesquisa longitudinal, que se estenderá até 2030, realizada em parceria com a SMU DataArts.

Mia Locks, cofundadora e diretora da Museums Moving Forward, anunciou que a pesquisa foi criada para aprofundar a compreensão da conexão entre estatísticas e sentimentos. O trabalho investigou como aspectos como salários e oportunidades de avanço profissional podem afetar a visão que os colaboradores têm da missão e da direção dos museus. Locks enfatizou a relevância de estabelecer um banco de dados de referência, uma iniciativa que não foi realizada anteriormente.

Os pesquisadores conversaram com funcionários de locais como o Solomon R. Guggenheim Museum, localizado em Nova York, e o Carnegie Museum of Art, situado em Pittsburgh. Os principais museus do país, como o Metropolitan Museum of Art em Nova York e a National Gallery of Art em Washington, não fizeram parte da investigação. A pesquisa anterior, que abrangeu cerca de 50 instituições, foi divulgada em 2023, em um momento difícil para o mercado de museus.

Naquela época, muitos funcionários exigiram mudanças em instituições que enfrentavam incertezas econômicas pós-pandemia e pediam melhorias nas políticas de diversidade, equidade e inclusão. No estudo de 2023, 68% dos trabalhadores entrevistados já haviam cogitado deixar seus empregos.

Locks observou que as descobertas mais recentes indicam que os trabalhadores estão, em geral, mais satisfeitos com as mudanças implementadas por alguns museus. A pesquisa foi conduzida antes das críticas da administração Trump ao setor museológico, que incluíram tentativas de reformular o Smithsonian e suspender programas de diversidade. O relatório descreve o clima atual como “um momento cada vez mais volátil que muitos estão chamando de novas guerras culturais.”

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