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Uma Mulher Descasada (1978): como esse romance se tornou um símbolo do empoderamento feminino?

Dirigido e escrito por Paul Mazursky, Uma Mulher Descasada é um marco do cinema dos anos 1970, retratando com sensibilidade o processo de libertação emocional e social de uma mulher após o fim do casamento. A trama acompanha Erica Benton (Jill Clayburgh), uma mulher de classe média alta de Manhattan que vê sua vida desmoronar quando o marido a abandona por outra.

Forçada a se redescobrir fora dos papéis de esposa e mãe, Erica passa por fases de dor, autoconhecimento e redescoberta da própria identidade. Entre encontros frustrados e sessões de terapia, ela aprende a valorizar a solidão, as amizades e o próprio desejo. Seu envolvimento com o pintor Saul (Alan Bates) representa uma nova fase de liberdade e afeto, mas no fim, Erica escolhe seguir sozinha — uma decisão simbólica que reafirma sua independência. A cena final, em que ela carrega e depois deixa uma pintura na calçada, sintetiza essa conquista de autonomia.

O filme, lançado em meio à segunda onda do feminismo, destacou-se por colocar uma mulher no centro da narrativa de forma complexa e realista. Clayburgh recebeu o prêmio de Melhor Atriz em Cannes e foi indicada ao Oscar, assim como o longa nas categorias de Melhor Filme e Roteiro Original.

Com trilha de Bill Conti, fotografia de Arthur J. Ornitz e obras reais do artista Paul Jenkins, o longa foi um sucesso crítico e comercial, arrecadando mais de 24 milhões de dólares. A terapeuta de Erica foi interpretada pela psicóloga real Penelope Russianoff, que improvisou suas falas.

Reavaliado pela Criterion Collection em 2020, Uma Mulher Descasada continua sendo um retrato sensível — ainda que datado — da emancipação feminina e da busca por identidade em meio às transformações sociais do final dos anos 1970.

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