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Sansão e Dalila (1949): Wi-Fi, Beleza, Traição – Quem era essa Dalila? DeMille e a Era dos Bíblicos

Cecil DeMille foi um apaixonado por histórias bíblicas — daquelas cheias de raios, trovões e véus esvoaçantes, onde o destino parece ser escrito no céu. E se o cenário fosse a Roma Antiga, com túnicas, tiranos e tempestades morais, aí sim ele se sentia em casa. Era como se cada filme dele fosse um sermão em Technicolor, com direito a milagre, martírio e multidões.

Antes de entregar ao mundo o colossal Os Dez Mandamentos, DeMille já vinha trilhando esse caminho com passos firmes. Ele não caiu de paraquedas nesse universo — foi plantando, pouco a pouco, o que um dia seria chamado de “a era dos bíblicos”.

Foi nesse contexto que surgiu Sansão e Dalila, em 1949. A história do homem mais forte do mundo e da mulher que virou seu calcanhar de Aquiles parecia feita sob medida para DeMille. E ele não decepcionou. Caprichou no espetáculo: cores vibrando como vitral de catedral, cenários que pareciam sair direto de um sonho do Antigo Testamento, e aquele ar de grandiosidade que fazia o cinema tremer. Sansão e Dalila se tornou uma das maiores bilheterias da década de 1950 — um verdadeiro furacão de público. O espectador não apenas assistia: era tragado para dentro da história, como se estivesse lá, no meio dos escombros do templo.

Nos papéis principais, Victor Mature interpretava Sansão com uma mistura de devoção, amor e força, em busca de um destino maior do que ele mesmo. Hedy Lamarr, com sua beleza hipnótica, dava vida à enigmática Dalila — uma mulher que parecia feita de perfume e punhal.

Sansão e Dalila foi um prenúncio do que viria na década seguinte, quando Hollywood transformaria o sagrado em espetáculo e o épico em liturgia. DeMille, mais do que um diretor, foi uma espécie de sumo sacerdote do cinema bíblico. Com esse filme, ele abriu as portas do templo e convidou o mundo inteiro a entrar.

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