O filme, dirigido por Alan Parker e estrelado por Brad Davis, narra a história real de Billy Hayes, jovem americano preso na Turquia ao tentar contrabandear haxixe para os EUA. Condenado inicialmente a pouco mais de quatro anos, Billy vê sua pena ser aumentada para trinta anos em um julgamento político, mergulhando em um universo de violência, abusos e desespero nas prisões turcas.
Na prisão, ele convive com outros estrangeiros — Jimmy, Max e Erich — formando laços de sobrevivência em meio à brutalidade. Enfrenta delações, torturas e até um colapso psicológico, chegando a ser internado na ala psiquiátrica. Sua trajetória é marcada por perdas, desumanização e uma luta constante para manter a sanidade. Após anos, consegue escapar, em uma versão ficcionalizada pelo filme em que mata um carcereiro e foge disfarçado.
A obra foi aclamada por sua intensidade, recebeu dois Oscars e gerou forte impacto internacional, mas também severas críticas. Muitos consideraram o filme racista e xenofóbico, pela representação estereotipada e negativa da Turquia. O próprio Billy Hayes e o roteirista Oliver Stone reconheceram os exageros e distorções — Hayes escapou sem violência, e Stone admitiu ter projetado frustrações políticas no roteiro.
Mesmo polêmico, Expresso da Meia-Noite tornou-se um marco do cinema carcerário e político. Ao mesmo tempo em que emociona e choca, levanta debates sobre os limites da ficção baseada em fatos reais, a responsabilidade cultural do cinema e o impacto das imagens na percepção entre povos e culturas. Mais de quatro décadas depois, segue como referência e motivo de reflexão sobre liberdade, justiça e sobrevivência.
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