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Doutor Jivago (1965): A Obra-Prima de David Lean! Por que Ainda é Aclamado 60 Anos Depois?

A pergunta que não quer calar é: se David Lean já criava mundos inteiros com o que tinha em mãos nos anos 60, imagina só o que faria hoje? Ou será que foi justamente por ter tão pouco que ele fez tanto? Há quem diga que a ausência dessas parafernálias tecnológicas transformou não só ele, mas também os gigantes diretores daquela época em verdadeiros semideuses da sétima arte.

Talvez a resposta para isso esteja em mais uma obra-prima assinada por Lean, com um orçamento de apenas onze milhões de dólares: Doutor Jivago, de 1965, virou um furacão nas bilheteiras, lucrando mais de duzentos e cinquenta milhões de dólares mundo afora.

Baseado no romance proibido de Boris Pasternak, o filme entrou para o panteão do cinema, misturando os ventos cortantes da Revolução Russa com o fogo incontrolável da paixão entre o jovem médico e poeta Yuri Jivago — vivido pelo encantador Omar Sharif — e Lara, a deslumbrante Julie Christie, uma mulher que hipnotiza só com o olhar.

Foram dez indicações ao Oscar e cinco vitórias: Roteiro Adaptado, Fotografia, Direção de Arte, Figurino e uma trilha sonora que, até hoje, fala às nossas almas. Levou também cinco Globos de Ouro, incluindo o de Melhor Filme. Mas Doutor Jivago vai além das estatuetas. É monumental. É memória. Entrou para a história, sendo reconhecido como obra-prima pelo American Film Institute, e é guardado com enorme zelo pela Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos. É como se todos dissessem: “Esse filme precisa durar para sempre.”

Assistir a Doutor Jivago hoje é reencontrar, na tela, a profundidade dos sentimentos. É um ato de resistência estética — é escolher sentir e simplesmente contemplar a riqueza do cinema. É abrir espaço para a sensibilidade em meio a um mundo impetuoso. É ver o amor resistir à política e às polarizações. É lembrar que a arte pode falar mais alto, mesmo em tempos de guerra.

Doutor Jivago é isso: um grito abafado, uma flor nascendo no asfalto… um humanista tentando ser inteiro num tempo que só permitia ser pela metade. Lean não filmava apenas uma revolução; ele filmava almas tentando sobreviver à dor das guerras ideológicas — guerras tão iminentes… que precisavam se insurgir para acontecer.

Quer saber mais sobre essa superprodução que marcou época? O Nossa Vida Filmes e Séries traz os bastidores e curiosidades desse clássico imortal. Confira!

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