Se você perguntar a qualquer amante de cinema “Quais são os filmes de ação mais marcantes de todos os tempos?”, com certeza 007 Contra Goldfinger, de 1964, estará na lista. Esse é um daqueles clássicos de ação que resistem ao tempo, esperando que novas gerações o descubram. Foi com ele que James Bond deixou de ser apenas um agente secreto e virou um símbolo do gênero de ação.
O filme não só explodiu nas bilheterias, como também reinventou a maneira de fazer filmes sobre James Bond. Ousada, a produção se descolou dos livros para dar total liberdade criativa aos realizadores. Precisão, estilo e espetáculo: a fórmula Bond nasceu ali — com direito a carros futuristas, vilões caricatos e frases que grudam na memória.
Depois do sucesso de 007 Contra o Satânico Dr. No e do ainda melhor Moscou Contra 007, o terceiro filme chegou com o desafio de superar os anteriores. Mas Goldfinger não só superou as expectativas como virou febre: custou apenas três milhões de dólares e faturou incríveis 125 milhões no mundo inteiro — um verdadeiro marco financeiro para a ainda pequena produtora independente Eon Productions.
E não ficou só na grana: o filme também cravou seu nome no Oscar, levando a estatueta de Melhor Edição de Som. Venceu o Laurel Awards nas categorias de Melhor Filme de Ação e Melhor Atuação para Sean Connery. A direção de arte foi premiada pelo BAFTA, e a trilha sonora — com a voz poderosa de Shirley Bassey — entrou para o Grammy Hall of Fame.
Pra fechar com chave de ouro, o vilão Auric Goldfinger foi incluído na célebre lista do American Film Institute (AFI), em 1999, entre os 100 maiores vilões do cinema. 007 Contra Goldfinger furou a bolha dos filmes de ação: saiu do mundo da espionagem e entrou de vez na cultura pop, ganhando status de ícone. Um símbolo que não apenas divertiu, mas definiu o que seria o cinema de ação nas décadas seguintes.
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