Podem até tentar, mas nenhuma obra deste universo levou tantas pessoas ao cinema quanto E o Vento Levou, de 1939. Era emoção espalhada por todo canto: famílias inteiras se derretendo em lágrimas, casais apaixonados, todos encantados diante de um verdadeiro marco da sétima arte. E o Vento Levou ainda é o filme de maior bilheteria da história: estima-se que, ajustado aos valores atuais, tenha arrecadado mais de quatro bilhões de dólares em todo o mundo.
Dirigido por Victor Fleming e baseado no best-seller de Margaret Mitchell, o filme se passa durante a Guerra Civil Americana e o período da Reconstrução, acompanhando a vida de Scarlett O’Hara (interpretada por Vivien Leigh) e seu conturbado relacionamento com Rhett Butler (interpretado por Clark Gable).
Traduzido e exibido em diversos países, o filme deixou sua marca na cultura pop ao longo de gerações e continua sendo uma referência no cinema mundial. Conquistou dez Oscars e a admiração praticamente unânime da crítica. Trata-se de uma produção atemporal, em que a magia transcende o tempo, tocando corações de maneira única a cada nova exibição. Foi relançado diversas vezes, atraindo novos públicos e mantendo sua bilheteria em crescimento por décadas. Há quem diga que não houve outra obra tão assistida e amada em toda a história da sétima arte, com um enredo dinâmico e atemporal que ainda hoje emociona pessoas de todas as idades.
Seu lançamento na televisão também foi histórico: mais da metade das famílias estadunidenses estavam sintonizadas, quebrando todos os recordes e tornando-se a transmissão mais assistida da TV americana.
Apesar de seu sucesso, o filme não está isento de polêmicas. É criticado por romantizar o Sul escravocrata dos Estados Unidos e perpetuar estereótipos raciais, o que exige contextualizações em exibições contemporâneas. Ainda assim, é inegável sua importância.
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