Platão valorizava a geometria como uma disciplina fundamental, como evidenciado pela inscrição “Aqui não entra quem não sabe de Geometria” no portão de sua academia. Ele acreditava que o conhecimento geométrico era necessário para se compreender o belo, o verdadeiro e o justo, que eram aspectos essenciais do mundo das ideias.
Para Platão, o belo estava presente nas formas matemáticas, como o triângulo, o retângulo e o círculo. Essas formas não eram encontradas diretamente no mundo sensível, mas apenas como representações ou imitações imperfeitas. A beleza, para Platão, estava acessível por meio da razão, na compreensão das formas geométricas.
No que se refere aos artistas, o texto afirma que, para Platão, eles eram uma mazela para a humanidade. No entanto, essa afirmação é imprecisa. Embora Platão tenha criticado a arte em algumas de suas obras, não se pode dizer que ele considerasse os artistas como uma mazela. Sua crítica se concentrava na capacidade da arte de imitar o mundo sensível, o que levava a uma distorção da realidade e ao afastamento das ideias perfeitas. Platão acreditava que a arte poderia enganar os sentidos e desviar as pessoas da busca pela verdade.
Assim, embora haja pontos de divergência entre filósofos e artistas em relação ao conhecimento e à imitação do mundo sensível, não devemos generalizar e considerar a arte como um mal ou uma desgraça. A arte desempenha um papel importante na expressão criativa e na reflexão humana, proporcionando diferentes perspectivas e interpretações da realidade.
Em última análise, filósofos e artistas podem abordar a verdade e a realidade de maneiras distintas, mas ambos desempenham papéis essenciais na busca do conhecimento e na exploração da complexidade da existência humana. A reflexão filosófica e a expressão artística podem coexistir e enriquecer nossa compreensão do mundo, convidando-nos a questionar, refletir e apreciar a diversidade de perspectivas que cada uma dessas áreas oferece.